O
DEUS QUE PROCURA O HOMEM
Por:
Jossy Soares
Mensageiro
da Paz out/2013
No
texto de Atos 17.15-34, o apóstolo Paulo fala para os gregos do
Areópago que Deus não está longe, e afirma que o mundo e tudo que
nele há são coisas estabelecidas por Deus para que o homem perceba
que Ele, o Senhor, está perto e se interessa pelo homem.
Essa
afirmação soou estranha àquela reunião de homens cultos e
curiosos, pois eles estavam acostumados a buscar explicações
complexas em órbita de um deus distante, impessoal, que não se
preocupa com homem, rastejem por eras e eras na busca de uma evolução
espiritual inexistente.
Ao
contrário de todas as religiões da terra, o Cristianismo apresenta
um Deus misericordioso que procura o homem e se importa com ele. Um
Deus que desceu em busca da humanidade. Um Deus dinâmico, amoroso,
simples, manso e humildade de coração que clama: “vinde a mim os
cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”. (Mt 11.28).
Enquanto todos os
sistemas filosóficos e religiosos mostram o homem vagueando em busca
da divindade, o Cristianismo mostra Deus procurando o homem. As
religiões ensinam o homem a procurar Deus tentando subir a um
estágio elevado de espiritualidade através de penitências,
sofrimentos, carmas, pseudoreencarnações e outras tragédias de
cansaço inútil. O Cristianismo traz o que há de mais sublime na
revelação de Deus ao homem ao afirmar que “o Verbo se fez carne,
e habitou entre nós. Vimos a sua glória como a glória do Unigênito
do Pai cheio de graça de verdade” (Jo 1.14). Essa é a maior
demonstração de amor jamais vista. A Divindade se fazer carne! Deus
desceu ao mundo para se tornar um de nós. O amor de Deus pelo homem
é tamanho que Ele se tornou homem também, deixando toda a sua
glória para vira este mundo sofrer os mesmos dramas que atingem o
homem, principalmente os pobres, de nossas frustrações e decepções.
“Pelo que convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para
ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para
expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo
tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 1.17,
18). Essa demonstração de amor de Deus por nós é a manifestação
da graça. A graça é o grande diferencial. Ela só existe no
Cristianismo.
UM
DEUS QUE DESEJA SER CHAMADO DE PAI
O
relacionamento dos povos das civilizações pagãs com seus deuses
sempre foi á distância. Não havia proximidade entre os homens e
seus deuses. O relacionamento dos pagãos com seus deuses sempre
envolveu sacrifícios e uma relação de medo. Os pagãos
sacrificavam aos deuses para aplacar iras. Caso não fizessem assim,
havia o temor pelas pragas nas colheitas, doenças, tempestades e
outras tragédias que os deuses estariam prontos a lançar sobre seus
súditos. O povo vivia atemorizado e sempre buscando uma forma de
desviar a ira dos deuses mediante a sacrifícios que incluíam até
seres humanos, notadamente crianças.
A
ideia de um Deus amoroso que se interessa pelo ser humano é algo
estranho às culturas pagãs. Um Deus que ao invés de exigir
sacrifício, se ofereceu a sim mesmo pela humanidade. Um Deus que ao
invés de viver separado do homem, quer morar nele. Jesus Cristo
revelou o amor extraordinário desse Deus ao dizer: “… se alguém
me ama, obedecerá à minha palavra, meu Pai o amará, nós viremos a
ele e faremos nele morada” (Jo 14.23).
Um
Deus que mesmo sendo infinitamente superior em natureza e grandeza,
quer adotar o pobre e miserável pecador como seu filho e não
somente isto, quer transferir ao homem parte de sua natureza. Todos
que receberam Jesus Cristo em seus corações como Senhor e Salvador
receberam do Pai o direito de serem chamados filhos de Deus. Este
fato é de uma grandeza insondável. O mortal se tornar filho do
imortal, o efêmero recebe a adoção do Eterno, o injusto recebe
justificação do Santo Juiz de toda terra e deste recebe também o
Espírito Santo. O apóstolo João exalta este fato ao dizer: “Vejam
como é grande o amor que o Pai nos concedeu: sermos chamados filhos
de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece,
porque
não o conheceu”
(1 Jo 3.1).
A
simplicidade do evangelho impressiona. Para se tornar filho de Deus
basta ao pecador confessar Jesus Cristo como Senhor e Salvador de sua
vida, crendo que Deus ressuscitou a Jesus dentre os mortos ( Rm 10.9;
Jo 1.11, 12; Rm 8.15, 16). Este amor está além de nossa cognição.
Mas se o homem não aceita essa dádiva, ele continuará separado de
Deus. O homem precisa de Deus.
Voltando ao
Areópago de Atenas, vemos Paulo afirmando que o Deus desconhecido
dos filósofos é o Criador do universo e tudo que nele há. Este
mesmo Deus há de julgar o mundo, por meio de Jesus Cristo, o Autor
da Salvação. Todavia, “Deus não leva em conta os tempos da
ignorância, manda agora que todos os homens em todos os lugares se
arrependam” (At 17.30). Tal como fez com o primeiro homem, no Éden,
Deus pergunta: “onde
estás?”